Tentarei ser o mais breve possível, mas poderia passar horas falando daquilo que o Senhor fez na minha vida. Antes da Convenção, quando o pastor Martin veio a Manaus, eu estava passando por um momento bem difícil na minha vida, com alguns problemas em casa. Naquele momento eu não estava ouvindo a voz do Senhor. Eu queria ouvi-la pelas minhas próprias forças, mas não é assim.

O Senhor me mostrou que não havia outro caminho, senão o Dele. Eu tive uma experiência quando o pastor Martin chegou até mim (nos dias aqui em Manaus) e me perguntou se eu era feliz. Nessa época, eu estava no automático, eu acordava porque eu tinha que acordar; e dormia porque eu precisava dormir. Eu já não sentia mais alegria, era como se eu não pudesse mais ouvir a voz de Deus. Mas pela sua infinita misericórdia, o Senhor me atraiu a Ele, falando para mim que Ele estava ali e dizendo para eu enxergá-lo. Quando o pastor Martin me fez essa pergunta, eu não consegui me lembrar de nada do meu passado, e só respondi que sim, que eu era feliz. Eu sou feliz porque o Senhor me sustenta; eu sou feliz porque Ele tem guiado; eu sou feliz porque a cada dia Ele me dá um novo respirar. E a partir daquele dia eu falei para o Senhor que eu precisava de uma nova postura diante Dele; e assim o foi.

O Senhor me permitiu ir à Convenção. Falei para Ele que eu precisava chegar lá de uma forma que o meu coração estivesse puro diante Dele. Essa foi a minha oração: “Senhor, dá-me um coração puro e o estabeleça, firmando os meus passos”. Ao chegar a Maringá, eu fui ministrada pelo Senhor em tudo, até na árvore que eu via naquele lugar. O amor Dele, pelas poucas coisas que eu via, me constrangia, e como me constrange até agora. Ali o Senhor ministrou o meu coração, não só meu, mas o de todos.

Em cada pregação eu olhava para um lado e para o outro e via os jovens falando em línguas, orando e se entregando verdadeiramente. Eu falava para o Senhor que havia algo que eu ainda não havia entregado para Ele, e eu sabia o que era, mas a velha Carol me dizia que era normal, que eu não precisava entregar aquilo ao Senhor, porque não influenciava em nada em minha vida. Porém, eu falei para o Senhor que sairia daquele lugar com uma postura diferente, e foi o que eu fiz. Eu fui para o quarto e tirei tudo o que me prendia ao meu passado. O Senhor ministrou-me naquela noite. No dia seguinte, fui ministrada por meio de visões. Eu nem sabia que o Senhor ainda poderia usar uma mera Carol para ter visões. E uma dessas visões foi sobre a minha oração. O Senhor falou que Ele estabelecia os meus passos no caminho Dele, e Ele me mostrou o caminho no qual Ele deixava os Seus passos marcados. E eu podia seguir aqueles passos, mas o caminho era estreito; porém, Ele me guiava por aquele caminho mediante as nuvens, e os meus passos se encaixavam nos passos Dele. E como aquilo tocou na minha vida de uma forma que eu não conseguia ver outro caminho que não fosse o do Senhor. Assim tem sido.

Eu sempre voltava das Convenções e do Jadol com medo de voltar à minha realidade, com medo de voltar à minha casa, para os mesmos problemas, mas dessa vez o Senhor levou-me a ter uma postura diferente. O Senhor mandou que eu voltasse para casa e tivesse uma postura na qual as pessoas possam ver o que Ele é na minha vida. Ele também mandou que eu voltasse para casa para ministrar a vida dos meus pais, porque o Senhor me disse que, quando eu não mais estiver perto deles, eles estarão velhinhos louvando a Ele. E isso me consolou de uma forma que tem me constrangido até agora.

Antes de ir à Convenção, eu pedi ao Senhor que não acontecesse algo na minha casa, durante minha ausência. Mas a situação aconteceu. Esse pensamento era da velha Carol, ainda achando que seria pelas suas forças. Mas, ao saber dessa situação, eu falei para o Senhor que a minha postura seria diferente. Então eu O louvei e me derramei na presença Dele. A partir daquele dia o Senhor me acalmou. Eu voltei para casa, passei pela mesma situação, mas a minha postura foi diferente. Eu clamei ao Senhor e Ele me ouviu. Eu falei: “Senhor, eu não vou mais temer essa situação, porque esse fardo não é meu. Pelas minhas forças eu não consigo, mas pelas Tuas forças em mim eu consigo prosseguir na caminhada”. Assim tem sido após a Convenção. Eu tenho tentando ministrar a vida dos meus pais, tentando ministrar a vida do meu irmão que precisa de mim.

Peço que o Senhor continue a me fortalecer, e Ele me falou que o Evangelho entraria por meio da minha vida na minha casa. Eu tenho visto que é isso que o Senhor tem e quer para minha vida. Se um dia eu não estiver mais ao lado dos meus pais, e eu sei que a minha mãe tem medo disso, é porque eu entreguei totalmente a minha vida ao Senhor. Eu confessei um chamado. Por mais que eu não esteja perto, sei que o Senhor vai guiá-los, e eles estarão bem velhinhos na presença do Senhor. eu estarei no campo, alcançando outras vidas para o Reino de Deus, porque essa é a minha vida e o meu confessar. Eis-me aqui, Senhor!