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Aconteceu Discipulado – Formação de obreiros 15 de Março de 2019
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Pregação do Pr. Martin Jesus Blas, na manhã do dia 1º de março

A segunda pregação da manhã de sexta-feira, dia 1º de março, abordou sobre o discipulado. O Pastor Presidente da Missão Cristã Elim, Martin Jesus Blas, que hoje também pastoreia a MCE Curitiba, trouxe o tema que norteia a visão da MCE sobre a formação de sua liderança. Segundo  pastor Martin, o discipulado é o processo de formação de obreiros e compreende a formação de caráter, o trabalhar de Deus no homem.

Na pregação, o pastor Martin usou o exemplo de Paulo, que, na primeira carta aos coríntios, exortou que o seguissem, uma vez que ele era seguidor de Cristo. De acordo com o pregador, um líder não deve meramente ensinar, mas também mostrar como deve ser o caminhar, por meio da sua própria vida. A palavra discípulo significa aprendiz, mas também servidor. Jesus, ao caminhar com seus discípulos, ensinava-os não só com suas palavras, mas também com sua vida, pelas ações e reações. Ele passou mais tempo com eles do que com a multidão.

Também explicou aos fiéis que a unção repousa sobre um homem para que Deus se torne dono Dele, para que se torne um instrumento Dele. E que aquilo que temos de Deus em nós não é nosso, mas Dele! Disse que Elias, ao ser recolhido, deixou a sua unção para Eliseu, colocando-lhe a capa. Eliseu quis seguir a Elias, era seu discípulo. O pastor também ensinou que é nobre querer ser um servo, mas na teocracia de Deus, Ele é quem chama e quem confirma a vida de quem chamou. Deus faz com que sejamos atraídos a Ele. E Deus em nós é o que atrai as pessoas. Nesse momento, questionou aos pastores e fiéis presentes: “O que Deus temos alcançado?”.

O pastor deu continuidade à explanação a partir do texto de 2 Reis 2:1-14, que aborda o momento logo anterior à morte de Elias, quando ele e Eliseu se dirigem ao Jordão. Neste texto, o pastor fez alusão ao chamado, dizendo que este se trata de uma descida. “Os rios sempre se encontram em lugares baixos. Se quisermos ser encontrados em Deus, o caminho é de humilhação, descida”, explicou. Disse que os que Deus chama são testemunhos da sua obra.

Relacionou cada lugar pelo qual Elias e Eliseu passaram ao processo de discipulado. Disse que Gilgal, lugar de onde partiram, significa “lugar de testemunho”. Deus chamou Elias a descer a Betel, cujo significado é “corpo, igreja, casa de Deus”. O preletor advertiu que devemos viver sujeitos, que no Reino devemos entrar em harmonia com o corpo. Assim como na arca os animais viviam em harmonia, cada um com seus instintos naturais, nós também somos animais, cheios de peculiaridades. A presença de Deus é que permite a harmonia. Ele monitora, controla, esvazia o homem da sua própria natureza. Então o pastor disse ninguém pode ter uma unção se não passar por Betel! Na sequência, Deus pediu que Elias descesse a Jericó, cujo significado é “lugar de fragrância”. Explicou que lá era o lugar do esconderijo, e que não podemos ter “Jericós” em nós, pontos que ninguém toca, onde a luz de Deus não entra. “Um discípulo precisa ser livre de Jericó”, completou. Por fim, Elias desceu ao Jordão, cujo nome significa “separação”. Pastor Martin explicou que o Jordão trata-se de um momento de definições, de escolhas. Disse que não podemos ter laços que nos prendam, tudo precisa ser cortado. A carne, com seus planos, sonhos e vontades, deve ficar do outro lado do rio. Abrir mão de tudo, de nós mesmos, da nossa própria vida. Lembrou que muitos homens de Deus se perderam por causa da fama, do absolutismo, porque o Jordão não foi verdadeiro em suas vidas. “Facilmente nos tornamos tendenciosos, nos desviamos minimamente dos princípios e lá na frente isso se tornará um abismo”, concluiu o pastor.

Na pregação, também relatou o momento atual da Missão Cristã Elim em relação à formação de lideranças, dizendo que ela é frágil e forte ao mesmo tempo. Frágil porque ainda é patriarcal, cuja figura de autoridade está centrada em um só homem. Todavia é forte porque esse líder tem a liberdade de ensinar e exortar seus filhos, os obreiros que estão debaixo dele. Mas explicou que a Missão se fortalecerá ainda mais à medida que Deus vai levantando outros líderes para liderarem o povo, cuja autoridade ficará distribuída. Disse que em Betel aprendemos a ser um corpo, sem “estrelas” ou “grandes homens de Deus” na vitrine, debaixo de holofotes, cheios de presunção espiritual.

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